sábado, 25 de dezembro de 2010

Quando as prostitutas decidem «paternalizar» as mulheres

Se há atitude que considero desgostante é a de certas prostitutas «modernas» ou pós-modernas» que se dão ares de emancipadas e do alto da cátedra arrotam postas de pescada  sobre as carências sexuais dos seus clientes - para as quais se mostram muito compreensivas - e sobre os temores das esposas e respectivas namoradinhas dos mesmos que procuram aplacar dizendo-lhes que não precisam de se preocupar pois a lubricidade nunca foi substituto para o amor. Mulheres tão compreensivas – estas prostitutas – só que não compreendem que elas próprias são simultaneamente cúmplices e vítimas do sistema que nos governa a todas. Vítimas porque à falta de outras opções credíveis se dedicam à prestação de um serviço que deveriam, se pudessem, rejeitar; cúmplices porque apresentam e representam o modelo do que uma mulher não deve ser: não deve ser o capacho dos homens. Dir-me-ão que há muitas mulheres que não são prostitutas e também se prestam a esse papelão; é verdade, mas também é verdade que a prostituta excede-se em zelo e leva esse papel às últimas consequências.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Manifesto

Cor de rosa choque é um blog de autoria feminina - daí a convenção da cor - cujo propósito é discorrer sobre diferentes temas de forma pouco ou nada convencional - daí o choque. Denunciar e contestar preconceitos, ir contra a corrente dominante, de forma crítica e racional, parece-me muito necessário numa época em que os avanços tecnológicos têm servido em grande parte para facilitar a difusão de mensagens em que o ruído prevalece sobre a comunicação.
Os temas que me interessam são diversos e o espírito que me anima é o da civilidade e tolerância; não esqueço todavia que não se pode nem deve tolerar quem é intolerante porque isso é auto-suicídio. Compreender o outro não implica aceitar as suas opiniões acriticamente nem aceitar discursos de ódio; serão bem vindos todos os comentários que respeitarem estes critérios.